ARTISTA
VILMA BLONDET
@vilmablondet
Nutricionista, Mestre em Nutrição Humana pela UFRJ, Doutora em Ciência de Alimentos pela UFRJ, professora e pesquisadora – aposendada - da Universidade Federal Fluminense. Fotógrafa, pela Sociedade Fluminense de Fotografia. Apresentação de fotos na projeção “Quintas Fotográficas” na Galeria Octávio do Prado, na Sociedade Fluminense de Fotografia, em outubro de 2019. Participação no Concurso de Fotografia da Academia Fluminense de Letras 2019, sobre o tema “O Livro”, tendo duas fotos selecionadas para exposição na Galeria Octávio do Prado, na Sociedade Fluminense de Fotografia, em dezembro de 2019.Participação no grupo “Lab Foto Contemporânea”, coordenado pelo professor Leonardo Ramadinha.
ATÉ QUE AS ÁGUAS SE AJOELHEM | 2021
TEMPO DE RESISTIR
A escolha pelo uso do grafite como expressão poética, neste trabalho, parte do interesse de mostrar o que as ruas falam, como isso se relaciona ao momento de vida, a questões políticas e sociais que me cercam e que falam, de alguma forma, acerca de meus sentimentos. Tento assim apresentar os conflitos cotidianos aos quais estamos quase que diariamente submetidos; não exclusivamente por palavras, mas sim usando imagens grafitadas. Transfiro o grafite, enquanto manifestação político-social, para a fotografia contemporânea mantendo a sua mensagem inicial, porém com modificações poético-sentimentais, ressignificando a imagem com base no ponto de vista do olhar autoral.
ENTRE-LUGARES, TEMPOS | 2020
AOS MEUS OLHOS
Aos meus olhos
Percebo a presença ausente,
Junto à solidão torturante
Do dia a dia, na rotina dos cuidados.
Aos meus ouvidos,
Um ritmo de palavras sem nexo
De uma canção sem harmonia
Que poucos ouvem e reconhecem.
Nos seus olhos,
Diferentes olhares e expressões
Diferentes eus
Quase sempre distante
Pouco presente
Por vezes triste? Zangado? Às vezes safado!
Constantemente distante
O vazio se manifesta
No olhar perdido ao longe
A presença se torna ausente
O passado, cada vez mais presente.
Nos seus olhos,
A saudade e a tristeza se manifestam e se misturam
Com a certeza da rendição
Prisioneira voluntária
As juras de amor, que mesmo no passado,
Ainda hoje se mantém presente
E que alimenta e dá força
Mantendo o amor vivo
Na promessa Juntos até que a morte nos separe
IMAGENS